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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

ABALOS SÍSMICOS (TREMORES) EM PEDRA 

PRETA/RN JÁ CONTABILIZA-SE 600.

               Último abalo registrado aconteceu na noite deste domingo 10.
           Tremor com magnitude 1.6 teve epicentro na divisa com Jandaíra.



O Laboratório de Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) registrou mais um tremor de terra no município de Pedra Preta, a 149 quilômetros de Natal. O abalo sísmico foi registrado às 21h49 (horário de Brasília) neste último domingo (10) com magnitude de 1.6. O epicentro do evento foi na região próxima à divisa com o município deJandaíra. Segundo a UFRN, desde o dia 24 de outubro, quando os abalos se intensificaram na região, mais de 600 tremores já foram resgitrados em Pedra Preta. "Os microtremores, de graus que vão de 0 até 1.5, dificilmente são sentidos pela população", explicou o sismólogo Joaquim Ferreira.

A UFRN relata que as atividades sísmicas nestes últimos dias no município tiveram uma breve pausa considerando apenas os registros da estação de Riachuelo. De acordo com o laboratório, no entanto, a estação localizada na própria cidade continua registrando tremores de menor intensidade.

Ainda de acordo com o pesquisador, é impossível prever a evolução da atividade sísmica em Pedra Preta. "A pausa no número de abalos pode significar tanto o início de um período de baixa atividade quanto o de um período de acumulação de energia, o que pode preceder um evento de maior magnitude. Acredito que nas comunidades mais próximas do epicentro esse tremor recente possa ter sido percebido", disse ele.

oaquim Ferreira explica que a causa dos abalos em Pedra Preta é a formação geológica do estado. "Todo o Rio Grande do Norte está na borda da bacia potiguar que é uma região que é a mais ativa do Brasil. Por isso, acontecem esses tremores", diz

Pedra Preta fica localizada na região Central doRio Grande do Norte, tem 2.600 habitantes, de acordo com o Censo 2010 do IBGE. Destes, 70% residem na zona rural. A cidade é pacata e quase todo mundo se conhece. Em todo o município, há sete escolas: cinco na zona rural e duas na cidade. Uma igreja católica, duas evangélicas e um centro espírita dividem a fé dos moradores. Os postos de saúde são três. A cidade conta com um ponto de apoio para a Polícia Militar, mas não tem delegacia. Cinco policiais se revezam na segurança do município.

Medo

Apesar dos abalos, a rotina da cidade não foi alterada. Escolas, postos de saúde, comércios, prefeitura: tudo continua funcionando normalmente. A única medida adotada foi autorizar a liberação dos alunos em dias de tremores fortes.

A professora Jane Meire Trajano, de 30 anos, que dá aulas para uma turma do 1º ano, conta que os alunos ficam agitados e nervosos quando há um abalo sísmico mais forte. Ela confidencia que também fica assustada, mas tenta disfarçar a tensão para não amedrontar ainda mais os alunos. “Eles ficam muito nervosos, alguns gritam, outros choram. No primeiro tremor forte eles correram desesperados. Eu tento demonstrar que estou tranquila para tentar acalmá-los, mas dá bastante medo, sim. Agora nós já conseguimos sair da sala com mais calma em dia de tremor”, afirma.



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