“Não acredito em nada, não. Só não duvido da fé”. O trecho de uma das canções escritas por Rita Lee define bem o que acontece diariamente no Sítio Tabocas, em Milagres/CE. É no Santuário da Sagrada Família, erguido ao lado de sua residência, que o ex-sanfoneiro Antônio Aristides dos Santos, conhecido como “Antônio Rezador”, recebe dezenas de pessoas na busca do seu poder espiritual de cura. “Já me trouxeram até pessoas consideradas mortas”, revela. Até mesmo padres já se curaram de enfermidades a partir de suas orações.
No local em que Seu Antônio Aristides atende as pessoas estão expostas um grande número de imagens de santos, sendo que nenhuma delas foi comprada por ele. “Foram presentes de pessoas que vieram aqui e se curaram”, revela, deixando claro que não cobra pelo atendimento. O santuário possui piso coberto por tapete e somente pode-se entrar descalço. De camisa branca e terço na mão, Seu Antônio Aristides começa a trabalhar logo cedo. “As pessoas começam a chegar as 6 da manhã e já amanheci o dia rezando”, afirmou. No Santuário também estão expostos diversos depoimentos de pessoas que se declaram curadas por meio da intervenção espiritual de Seu Antônio Aristides.
Ritual
O rezador entrega um terço a pessoa e começa a rezar. Se a pessoa tiver alguma enfermidade visível no corpo ele reza tocando-a. Ao pedir o nome, reza também colocando a mão na cabeça da pessoa. Por fim, coloca num pequeno copo descartável um pouco de água para o paciente beber. “Quem cura não sou eu, é Deus”, faz questão de frisar. O renomado rezador também faz uso de fotografias e do telefone para realizar suas “curas”. Nem sempre a pessoa enferma pode procurá-lo pessoalmente, então os familiares levam a fotografia e o ritual de oração também tem efeito, garante Seu Antônio Aristides, que também reza nas pessoas que apenas ligam para ele como ocorreu durante a visita da equipe do Portal OKariri.
“Eu vim aqui, falei sobre um emprego e graças a Deus hoje estou empregado”, afirma Jeferson Sousa Silva que pela segunda vez procura o rezador.
Desconfiança
Há 20 anos que Seu Antônio Aristides começou a rezar no atual endereço, embora afirme que sempre teve o dom. “Meu pai rezava, mas não me ensinou”, observou. Ele conta também que muita gente achava que ele estava construindo o santuário para “baixar sessão espiritual”. E que o próprio Bispo Dom Fernando Panico e o Padre Josias chegaram a questionar suas curas “mas descobriram ser obra de Deus”.
Agência OKariri | Klébio Leite
Como faço para entrar em contato com ele?
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